Correspondência trocada, contas que chegam atrasadas, vales com reformas que desaparecem são alguns erros na distribuição do correio que estão a deixar os carteiros mal vistos e motivaram milhares de queixas contra estes profissionais, até agora altamente estimados pelos portugueses.
No ano passado, os CTT registaram 4899 queixas contra os carteiros. Os cidadãos reclamam contra comportamentos destes profissionais, como tocarem a campainha e, logo de imediato, deixarem aviso, obrigando os destinatários a levantarem a encomenda num balcão de atendimento.
As queixas também incidem sobre a devolução indevida, a atitude, revistas que são sobradas no recetáculo postal, falta de aviso ou entrega nos recetáculos errados, entre outras.
Para a empresa, o número de reclamações é "baixo", uma vez que "os CTT entregam 1,2 mil milhões de objetos postais" por ano, disse à agência Lusa fonte oficial dos Correios.
As reclamações também já chegaram à entidade reguladora do setor, a ANACOM. Fonte deste organismo disse à Lusa que a troca de correspondência e a falta de diligência na entrega do correio, nomeadamente na entrega de cartas registadas, foram as queixas mais frequentes em 2009, num total de cerca de 1500 reclamações.
Há também reclamações junto da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), que no ano passado recebeu 108 queixas por causa da forma como a correspondência é distribuída.
Esta organização teve, no mesmo período, intervenção em 186 processos que envolvem o serviço dos correios, revelou à Lusa uma fonte da DECO.
Ao Provedor dos Correios também têm chegado reclamações, sendo a mais grave o extravio de vales com pensões. Fonte da Provedoria dos Correios disse à Lusa que a empresa tenta sempre resolver as situações o mais depressa possível e que, em certas ocasiões, a regularidade é reposta no próprio dia.
Estas situações de reclamação com o desempenho de carteiros "equivalem, estatisticamente, a zero por cento do tráfego total dos CTT", disse à Lusa uma fonte oficial da empresa, que entrega diariamente uma média de 5,9 milhões de cartas, através de cerca de sete mil carteiros.
"Apesar de serem aritmeticamente pouco significativas, os CTT encaram as reclamações como instrumentos úteis para melhorarem os seus serviços", segundo a mesma fonte, que assegura que a empresa não deixa de "investigar cada uma dessas reclamações e, naquelas que de fato configuram uma falha de serviço, de aplicar medidas corretivas para que não se repitam".
De acordo com os CTT, os carteiros "continuam a mostrar grande profissionalismo e popularidade junto das populações".
"Continua a observar-se um fenómeno de grande proximidade e confiança entre os carteiros dos CTT e a população", com índices de satisfação com os carteiros acima dos 80 por cento, o que representa uma melhoria entre 2008 e 2009.
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