Qualidade do serviço e sigilo profissional são as principais preocupações Os trabalhadores de distribuição da Estação dos CTT da Nazaré fizeram uma paralisação, em protesto pela contratação de uma empresa privada de distribuição de correio, por parte da administração dos CTT, na manhã do dia 2 de Novembro. A reunião em plenário foi realizada no dia em que a distribuição de correio começou a ser feita por essa empresa. Segundo a dirigente nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Dina Serrenho, “parte da distribuição do correio da Nazaré está a ser feita por uma empresa privada”, o que provoca grande preocupação dos trabalhadores, não só “pela qualidade do serviço que vai ser prestado”, mas também, “pelo excesso de trabalhadores que possa existir, pondo em causa alguns postos de trabalho”.
De acordo com a sindicalista, as pessoas contratadas por essa empresa privada “não têm conhecimento de distribuição, não estão obrigadas a sigilo profissional e não têm condições de trabalho”, acrescentando que, “este trabalho, não sendo feito por profissionais dos Correios, possa pôr em causa tanto a qualidade do serviço como o sigilo profissional”. Dina Serrenho ainda acrescentou que “não estamos contra que outros venham trabalhar, mas queremos que venham trabalhar para a empresa CTT, de forma a fortalecer o serviço”.
Actualmente, a Estação dos CTT da Nazaré tem oito trabalhadores, sendo que estão três postos de trabalho livres, facto que esta empresa privada está a colmatar.
Os funcionários ao serviço da empresa privada estão fardados como qualquer carteiro dos CTT, sem qualquer distinção aparentemente visível por parte da população.
Dina Serrenho afirma que “56% da população da Nazaré, cerca de 350 domicílios, vão passar a receber correspondência por funcionários que não pertencem aos CTT”. A sindicalista pede à população que se una à Junta de Freguesia, para que “o presidente da Junta faça pressão junto das entidades competentes para que a situação volte atrás”.
A continuação desta situação pode vir a resultar num “despedimento colectivo”, frisa a sindicalista.
O sindicato já enviou um ofício à administração, revelando as preocupações dos trabalhadores, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
(Jornal Região da Nazaré)
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