Antes da chegada ao Governo, Paulo Campos tinha uma produtora, entretanto extinta. Mas, os sócios não ficaram no desemprego, acabando por arranjar lugar na administração de empresas públicas.
O secretário de Estado adjunto das Obras Públicas nomeou para administrador dos correios um dos seus antigos sócios numa empresa de produção de espectáculos. Este, já depois de estar no cargo, arranjou lugar na administração de uma empresa subsidiária dos CTT para outro ex-sócio.
Antes da chegada ao Governo em 2005, Paulo Campos tinha uma produtora de espectáculos, entretanto extinta, mas os sócios não ficaram no desemprego e acabaram em lugares de topo na administração de empresas públicas.
Como secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações tem tutela directa sobre os CTT e é nessa qualidade que nomeia, em Junho de 2005, Marcos Afonso Batista como administrador dos Correios de Portugal e de cinco outras empresas do grupo.
Nessa altura, contudo, ambos eram sócios-gerentes de uma empresa de produção de espectáculos - denominada “Puro Prazer”- constituída em 1994 e só foi formalmente dissolvida em Dezembro de 2008.
Desta mesma sociedade fazia parte Luís Pinheiro Piteira, que em Abril de 2009 é nomeado pela administração dos correios para uma das empresas participadas dos CTT, a EAD (Empresa de Arquivo de Documentação). Mas, já este ano, e em acumulação de funções, o ex-sócio, que tem como habilitações académicas a frequência do terceiro ano do curso superior de Contabilidade, é nomeado também administrador de outra das empresas do grupo, a “Payshop”.
Explicações corrigem data de extinção da "Puro Prazer"
A Renascença contactou o gabinete de Paulo Campos, que não desmentiu as nomeações, limitando-se a corrigir a data de extinção da empresa. Inicialmente, afirmou que esta tinha sido dissolvida ainda nos anos 90, depois acabou por reconhecer que se manteve até mais tarde.
Segundo documentação consultada, a empresa só foi extinta em 2008, mas o gabinete garante que tal aconteceu em 2002 e que os documentos contêm um erro de dígito da responsabilidade da conservatória. Diz também, que a empresa só teve actividade durante dois anos.
Quem já decidiu pedir esclarecimentos ao Governo sobre este caso foi o CDS-PP. O deputado Hélder Amaral vai questionar o Executivo sobre estas nomeações.
(Marina Pimentel Renascença) Ver aqui