A população do Louriçal, no concelho de Pombal, está preocupada com o futuro do posto de correios da vila. Os CTT dizem que o espaço só se manterá aberto se as despesas passarem a ser suportadas pela junta de freguesia. Contudo, o presidente da junta, José Neves, garante não ter orçamento para manter o posto a funcionar.
A proposta dos CTT chegou à junta do Louriçal em Junho, no âmbito do processo de privatização dos correios. No entanto, de acordo com José Neves, a garantia da empresa é de que as regras de funcionamento do posto do Louriçal serão alteradas, independentemente da privatização do CTT avançar ou não.
O autarca estima que, entre despesas com renda e funcionários, a junta teria de gastar uma média de dois mil euros por mês para manter o posto em funcionamento. Por isso, já fez saber, ainda que informalmente, que está contra a proposta dos CTT.
“Estamos a informar a população e a efectuar contactos para que sejam tidas em conta as especificidades da freguesia na gestão deste processo”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS o presidente da junta, que garante que a resposta oficial será enviada para os CTT dentro de poucas semanas.
Dez mil pessoas sem posto de correio
Caso a junta de freguesia e os CTT não cheguem a acordo, o encerramento do posto de correios afectará dez mil pessoas. “A freguesia tem cerca de seis mil habitantes, mas o posto do Louriçal serve também freguesias e concelhos vizinhos”, explica José Neves.
O autarca considera que seriam os idosos e as empresas da freguesia os mais prejudicados com o encerramento do espaço. O posto de correios alternativo, em Pombal, fica a cerca de 18 quilómetros da freguesia. Os CTT estão também presentes na Guia (a 10 quilómetros do Louriçal), mas o futuro daquele espaço é incerto, já que enfrenta os mesmos problemas que o Louriçal.
Sindicatos
Sindicato Nacional Trabalhadores Correios e Telecomunicações
Empresa CTT
Sindicato Brasileiro