O Governo quer privatizar um conjunto de empresas públicas de valor estratégico para a economia nacional. Para denunciar esta situação, utentes e sindicatos vão realizar, hoje, às 18.30 horas, no Terreiro do Paço, em Lisboa, um cordão humano contra este ataque aos serviços públicos.
Neste grupo de empresas estão incluídos os CTT - Correios de Portugal, herdeiros de quase 500 anos de história de prestação de bons serviços postais aos portugueses, com uma qualidade reconhecida quer a nível nacional, quer internacional.
«Apesar da má administração do serviço público de correios levada a cabo pelos últimos conselhos de administração dos CTT, compostos por gestores públicos nomeados pelos sucessivos governos, que deterioraram e continuam a deteriorar a qualidade do serviço prestado às populações em favor do lucro, ainda assim o Serviço Público Postal prestado pelos CTT, prestado pelo Estado, continua a ser o garante do acesso de todos os cidadãos, em igualdade e a preços acessíveis, à comunicação escrita», assegura o texto de uma petição, a circular por todo o País, que já recolheu mais de dez mil assinaturas, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT).
O SNTCT, que promove a acção de protesto de hoje, juntamente com o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos e as Uniões de Sindicatos de Lisboa e de Setúbal, recorda ainda, no documento, que «os exemplos de anteriores privatizações de serviços públicos demonstram à evidência que aqueles que compraram apenas querem deles retirar o máximo de lucro em desfavor da prestação do serviço público».
Desta forma, o sindicato reclama da Assembleia da República que os CTT- Correios de Portugal, concessionários do Serviço Público Postal, «não possam ser alienados, no todo ou em parte, do sector empresarial do Estado e se mantenham com cem por cento de capital estatal», que «continuem obrigados a prestar um Serviço Público Postal de qualidade, a preços acessíveis e controlados» e que «cumpram a sua obrigação de manutenção e melhoria da Rede Pública Postal e de correcta guarda do património físico e de imagem que lhe estão confiados».
Exige-se, de igual forma, que se pare com o encerramento de Estações de Correios e que se impeça o dumping social e laboral, que se tem vindo a fazer, e que «apenas possam vir a recorrer a trabalhadores do seu quadro de pessoal para a execução de todas as tarefas conexas à prestação do Serviço Público Postal.
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