Os Correios de Portugal (CTT) estão na lista de privatizações, o que já era esperado dada a necessidade de o Estado encaixar receitas, e pelo facto de já em outros anos ter aparecido como potencial venda. Nesta fase, o Estado deverá vender uma posição minoritária, por via de concurso, em ajuste directo.
Os Correios de Portugal (CTT) estão na lista de privatizações, o que já era esperado dada a necessidade de o Estado encaixar receitas, e pelo facto de já em outros anos ter aparecido como potencial venda. Nesta fase, o Estado deverá vender uma posição minoritária, por via de concurso, em ajuste directo.
Os CTT integram a lista de privatizações a realizar até 2013. Neste caso deverá ser uma venda até 49% do capital e não é certo que seja tudo de uma vez. O caso dos Correios pode ser delicado, na medida em que, a partir do início do próximo ano, será concretizada a liberalização total do sector postal.
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Na minha infância a figura do “cavalinho” era uma imagem fortíssima no reino da comunicação em Portugal.
Citação feita por João Duque 25/03 (Jornal económico)
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Os trabalhadores dos CTT afirmaram-se hoje surpreendidos e "apreensivos" com a privatização da empresa, prevista no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), considerando que o Estado quer vendê-la enquanto é rentável e temendo despedimentos.
"Quanto mais venderem agora melhor ficarão, porque provavelmente a empresa, nos próximos anos, com ou sem privatização, irá desvalorizar", afirmou José Rosário, da Comissão de Trabalhadores (CT) dos CTT, referindo-se à acrescida concorrência esperada com a liberalização do mercado postal a partir de 2011.
"A ideia que me dá - acrescentou - é que o Estado está a tentar transferir a responsabilidade da prestação deste serviço para a iniciativa privada, tendo em consideração que até agora isto sempre deu resultados apetecíveis e nunca dependemos do Estado em termos de dinheiro, mas daqui para a frente não sabemos como é que vai ser".
Em declarações à agência Lusa, José Rosário confessou-se "apreensivo", temendo que uma evolução menos favorável do negócio venha a resultar em despedimentos naquela que é a maior empregadora do país, com 13 mil funcionários.
"Neste momento a situação da empresa em termos económicos é boa, os números falam por si, mas há uma quebra significativa no negócio postal que, com a liberalização, pode vir a causar maiores dificuldades", antecipou.
Dado o elevado volume de trabalhadores dos CTT, José Rosário receia que "pode vir a haver excedentes de pessoal em números significativos".
"Aquilo que, hoje, é uma empresa economicamente equilibrada, no meio de tudo isto pode vir a transformar-se numa empresa privada deficitária que depende do subsídio do Estado ou diretamente do orçamento geral do Estado para prestar um serviço público que é a distribuição postal", alertou.
Ainda assim, o representante da CT acredita que não será "muito difícil" encontrar interessados no capital dos CTT: "Tendo em consideração os resultados que a empresa tem apresentado nos últimos anos se calhar não é muito difícil, mas se [os interessados] se inteirarem exatamente do que é o negócio postal e do seu futuro, poderá haver alguma dificuldade", disse.
Como potenciais interessados, José Rosário avança a Mota Engil e a Sonae, que "há algum tempo atrás já se mostraram publicamente interessadas no negócio postal".
Na sua opinião, "se calhar" os CTT até seriam "mais bem geridos pelo privado do que pelo público", mas os efeitos da liberalização postal "vão por em causa a continuidade do serviço nos moldes hoje existentes" e "criar mais algumas dificuldades".
Atualmente acionista único dos CTT, o Estado português deverá, segundo o representante dos trabalhadores, abdicar agora da maioria do capital dos correios.
"Com a ânsia do PEC que aí está, a avançarem para a privatização, hão de tentar privatizar o máximo de capital, até para realizar mais dinheiro, tendo em consideração que os resultados da empresa hoje podem não ser assim daqui a um ano", concluiu.
A agência Lusa tentou ouvir a administração dos CTT, o que não possível até ao momento.
Noticia "comentário" saida no Blog Arrastão sobre a privatização dos CTT
Para escrever sobre a privatização dos CTT foi convidado Agostinho Santos Silva. Quadro dos correios desde 1971 até se aposentar, há um ano e meio, foi, entre 1994 e 2008, director de equipamento postal e frota, director de sitemas de informação dos Correios e administrador da Mailtec, empresa pertencente aos CTT .
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Correspondência trocada, contas que chegam atrasadas, vales com reformas extraviados e cartas que chegam sujas ou abertas são alguns dos problemas apontados por grande parte dos moradores de Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha, desde que os CTT contrataram uma empresa para fazer o serviço, em finais de Novembro.
Desde essa data que a tarefa de entrega de correspondência já foi desempenhada por quatro pessoas diferentes mas nenhuma conseguiu acertar o passo, ou seja, entregar o correio sem quaisquer enganos. De acordo com o presidente da Junta de Freguesia de Praia do Ribatejo, Manuel João Silva (PS), as queixas são diárias e há quem pense que a responsabilidade da situação é da junta. “O maior problema é a correspondência ser entregue em caixas de correio que não são devidas. É só uma pessoa a fazer distribuição e o giro é muito grande uma vez que são cerca de 900 fogos. A distribuição tem que ser feita à pressa”, atesta o autarca a O MIRANTE.
A situação leva a que muitos munícipes se dirijam à junta indignados e de cartas na mão. “Disse em alto e bom som que isto era um negócio que interessava à junta o que é falso. Eu próprio intervim na última assembleia municipal no sentido deste serviço voltar a ser feito pelos carteiros”, explicou. O autarca diz, por outro lado, que já recebeu uma proposta dos CTT no sentido de ser a junta de freguesia a fazer o agenciamento dos CTT mas que foi recusada uma vez que existe um posto de correios que presta “um bom serviço ao balcão”.
De acordo com dados divulgados recentemente, no ano passado, os CTT registaram 4899 queixas contra os carteiros. Os cidadãos reclamam contra comportamentos destes profissionais, como tocarem a campainha e, logo de imediato, deixarem aviso, obrigando os destinatários a levantarem a encomenda num balcão de atendimento. A “degradação” do serviço de distribuição dos correios é atribuída pelo sindicato do sector à subcontratação de trabalhadores externos que chegam a “envergonhar” a classe, embora a empresa garanta que os critérios de exigência são os mesmos.
Por exemplo, Francisco Correia queixa-se que a carta com o seu extracto bancário lhe chegou às mãos aberta por quem recebeu a carta indevidamente. “É uma vergonha as pessoas procederem desta maneira. Era incapaz de abrir a correspondência de quem quer que fosse” aponta o munícipe com a carta rasgada na mão, acrescentando que “90 por cento das pessoas têm razões de queixa mas não querem dar a cara”.
No posto dos CTT da Praia do Ribatejo confirmámos, aliás, o registo de várias reclamações por escrito de pessoas – num formulário específico para esse fim - que se sentem lesadas por não terem recebido o correio a tempo e horas.
Em resposta a um pedido de esclarecimentos, os CTT reconhecem, através do gabinete de comunicação, que têm recebido "um pequeno número de reclamações" e que as mesmas "foram analisadas, avaliadas no terreno e devidamente respondidas". Os CTT sublinham que a distribuição de correio nesta zona "é muito difícil, dadas as deficiências ao nível da toponímia" e por isso fazem um apelo às autarquias para que fixem nomes de ruas e números de polícia dado muitas vezes são os carteiros e distribuidores dos CTT que investigam o local onde muitos destinatários se encontram, resolvendo problemas como moradas insuficientes ou erradas.
Receber uma carta em Monção pode ser uma verdadeira aventura. As queixas da população não são de agora mas têm-se agravado nos últimos tempos. Isto porque há ruas com o mesmo nome, edifícios sem número de polícia e áreas sem código postas totalmente definido. Conclusão: nem sempre é fácil fazer chegar a correspondência ao respectivo destinatário. O autarca de Monção, José Emílio Moreira, reconhece que a autarquia tem alguma responsabilidade relativamente às causas destas queixas, mas responsabiliza também os CTT. Isto porque, ao contrário do que acontecia não há muitos anos, hoje ninguém conhece o seu carteiro.
José Emílio Moreira recorda que no Plano de actividades da autarquia para este ano já está incluído um investimento na realização de um levantamento toponímico do concelho, tanto na zona urbana como nas freguesias. Actualmente há já algumas freguesias a desenvolver esse trabalho, enquanto na área urbana e nas freguesias limítrofes está também constituído um grupo de trabalho encarregue de fazer esse levantamento. O autarca garante que um dos objectivos deste mandato é que todas as habitações tenham número de polícia e nome de rua, “para que não haja mais equívocos na distribuição do correio”.
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Depois da TAP, também os Correios vão pedir ao Estado autorização para quebrarem a regra do congelamento dos salários. Os CTT justificam este pedido com o facto de a empresa não contribuir para o endividamento público, tendo inclusive nos últimos anos entregue dividendos ao Estado. Uma fonte oficial da empresa lembrou ainda à TSF que no processo de actualização salarial deste ano a administração ficará mais uma vez de fora. Desde 2005 que os salários dos administradores não são revistos. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) também pondera pedir ao Estado um estatuto de excepção para fazer aumentos este ano. NoticiaTSF Ver aqui
Correspondência trocada, contas que chegam atrasadas, vales com reformas que desaparecem são alguns erros na distribuição do correio que estão a deixar os carteiros mal vistos e motivaram milhares de queixas contra estes profissionais, até agora altamente estimados pelos portugueses.
No ano passado, os CTT registaram 4899 queixas contra os carteiros. Os cidadãos reclamam contra comportamentos destes profissionais, como tocarem a campainha e, logo de imediato, deixarem aviso, obrigando os destinatários a levantarem a encomenda num balcão de atendimento.
As queixas também incidem sobre a devolução indevida, a atitude, revistas que são sobradas no recetáculo postal, falta de aviso ou entrega nos recetáculos errados, entre outras.
Para a empresa, o número de reclamações é "baixo", uma vez que "os CTT entregam 1,2 mil milhões de objetos postais" por ano, disse à agência Lusa fonte oficial dos Correios.
As reclamações também já chegaram à entidade reguladora do setor, a ANACOM. Fonte deste organismo disse à Lusa que a troca de correspondência e a falta de diligência na entrega do correio, nomeadamente na entrega de cartas registadas, foram as queixas mais frequentes em 2009, num total de cerca de 1500 reclamações.
Há também reclamações junto da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), que no ano passado recebeu 108 queixas por causa da forma como a correspondência é distribuída.
Esta organização teve, no mesmo período, intervenção em 186 processos que envolvem o serviço dos correios, revelou à Lusa uma fonte da DECO.
Ao Provedor dos Correios também têm chegado reclamações, sendo a mais grave o extravio de vales com pensões. Fonte da Provedoria dos Correios disse à Lusa que a empresa tenta sempre resolver as situações o mais depressa possível e que, em certas ocasiões, a regularidade é reposta no próprio dia.
Estas situações de reclamação com o desempenho de carteiros "equivalem, estatisticamente, a zero por cento do tráfego total dos CTT", disse à Lusa uma fonte oficial da empresa, que entrega diariamente uma média de 5,9 milhões de cartas, através de cerca de sete mil carteiros.
"Apesar de serem aritmeticamente pouco significativas, os CTT encaram as reclamações como instrumentos úteis para melhorarem os seus serviços", segundo a mesma fonte, que assegura que a empresa não deixa de "investigar cada uma dessas reclamações e, naquelas que de fato configuram uma falha de serviço, de aplicar medidas corretivas para que não se repitam".
De acordo com os CTT, os carteiros "continuam a mostrar grande profissionalismo e popularidade junto das populações".
"Continua a observar-se um fenómeno de grande proximidade e confiança entre os carteiros dos CTT e a população", com índices de satisfação com os carteiros acima dos 80 por cento, o que representa uma melhoria entre 2008 e 2009.
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