Empresa quer melhorar tratamento postal e apostar na internacionalização. O grupo CTT vai investir 190 milhões de euros nos próximos dois anos, com vista a preparar a empresa para a última fase da liberalização postal, a ocorrer em Janeiro de 2011. A aposta será feita essencialmente no tratamento do correio nacional, bem como no desenvolvimento de novos negócios, parcerias e aquisições, onde se incluem os projectos de internacionalização. De acordo com o previsto no Plano Estratégico dos Correios para o triénio 2010-2012, aprovado recentemente e que recebeu o nome "ctt 2012", dos 190 milhões de euros anunciados, mais de metade destina-se a projectos envolvendo a empresa-mãe (CTT, SA), que receberá 105 milhões de euros, de acordo com o comunicado ontem emitido pelo grupo. Estas verbas visam reforçar as condições de funcionamento dos Correios, de forma a melhor poder enfrentar a última fase da liberalização postal europeia, que chega a 1 de Janeiro de 2011. A partir de então, qualquer empresa poderá entrar no negócio de distribuição de correio, com peso inferior a 50 gramas, a última fatia do mercado a liberalizar e igualmente a menos apetecível, pela baixa rentabilidade do negócio. Apesar de não ser esperada muito concorrência neste segmento de actividade, os CTT vão preparar-se, "com segurança e capacidade de diferenciação" face aos restantes concorrentes, adianta o mesmo comunicado. O primeiro investimento e o mais prioritário em termos de tratamento do correio é o Centro Operacional de Correio do Norte, na Maia, o segundo maior a seguir ao de Cabo Ruivo, em Lisboa. A sua inauguração está prevista para o último trimestre de 2010, absorvendo um investimento de 10,1 milhões de euros. Para além deste centro, o grupo vai investir 13,4 milhões de euros no incremento do grau de automatização das operações de tratamento de correspondência. Está ainda prevista a renovação da frota automóvel, projecto que irá custar 13,1 milhões de erros. Os CTT inscreveram ainda no plano uma verba total de 38,5 milhões de euros destinada a ser aplicada nos sistemas de informação, que suportarão soluções de mobilidade da rede de distribuição, atendimento ao cliente, negócios digitais, o upgrade da actual plataforma de gestão de recursos humanos e o desenvolvimento de uma nova plataforma de suporte à prestação de serviços financeiros. No que respeita às actuais participadas do grupo CTT, o investimento previsto ultrapassa os 26 milhões de euros. Destes, 20 milhões estão destinados aos braços dos CTT para o correio expresso e encomendas em Portugal (CTT Expresso) e Espanha (Tourline Express). Segundo a empresa, o investimento centrar-se-á em projectos de logística e de sistemas de informação de suporte aos negócios. Além da casa-mãe, o grupo CTT é composto por mais seis empresas: CTT Expresso, PostContacto, Tourline Express, Payshop, Mailtec e EAD. Os CTT detêm ainda uma posição de 20% da Multicert, empresa de serviços de certificação electrónica.
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Caducidade, flexibilidade e mobilidade perderam esta batalha |
Habitantes da Freguesia de Quintanilha, do Concelho de Bragança estiveram sem correio durante cerca de 15 dias.
Nesta quadra natalícia não foi o pai Natal o responsável por não terem colocado as cartas no correio dos cerca de 400 habitantes que pertencem à freguesia.
Esta situação está a causar grandes transtornos aos moradores da freguesia de Quintanilha, e das aldeias anexas Veigas e Réfega, há obrigações e prazos de pagamentos a cumprir e a correspondência não é entregue.
As cartas de pagamentos de água, de electricidade, de telecomunicações e de finanças chegaram depois da data limite de pagamento, pelo que as pessoas vão ser obrigadas a pagar os juros que daí advém.
José Fernandes, presidente da Junta de Freguesia diz considerar ser uma situação injustiça as pessoas terem de pagar multas, uma vez que a responsabilidade é dos correios. “Há obrigações legais a cumprir e as pessoas são avisadas por carta, mas como não chegam as cartas ultrapassam os prazos e as pessoas não podem cumprir essas obrigações. As pessoas não têm culta que a empresa esteja a prestar um mau serviço”, acrescentando “em relação aos idosos, passou o natal e não receberam a pensão”, refere José Fernandes.
A Junta de Freguesia já informou as entidades competentes para alertar a situação numa tentativa destas de não cobrarem os juros de mora. “Nós à câmara pedimos que em virtude da situação não cobrasse os juros nos recibos de água, em relação à electricidade fizemos o mesmo e aos CTT para evitar que tal situação não se repita”, afirma o presidente.
O carteiro que entrega da correspondência quando questionado pela população sobre a situação diz não ter culpa do sucedido.
O responsável diz aos habitantes “não ter capacidade para distribuir tanta correspondência, porque não são as únicas freguesias em que ele faz a distribuição. Eles queixam-se que têm os contratos muito precários e a qualquer altura são postos na rua e por isso não têm estabilidade“.
A RBA foi ao local tentar perceber a situação e esteve à conversa com alguns habitantes. Eduardo Tomé, Perpétua Rodrigues e Abílio de Jesus são alguns dos nomes que não se conformam com a situação.
A RBA já tentou contactar os correios, no entanto o chefe da distribuição não está autorizado a falar.
Também tentámos contactar os serviços centrais mas até ao momento ainda ainda não obtivemos resposta.
Publicado na Irmandade do Cachimbo
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