Treze carteiros dos CTT da Costa de Caparica estão esta segunda-feira em greve contra o que consideram ser um corte no vencimento mensal.
Em causa está fim do «subsídio de horário incómodo» - um pagamento extra destinado aos carteiros que entrem ao serviço entre as 2h e as 6h da manhã - já que os trabalhadores passaram a entrar depois daquela hora.
«Este subsídio existe há anos e vai continuar a existir. Os trabalhadores deixaram de o receber porque os horários de trabalho foram alterados», explicou à Agência Financeira o porta-voz dos CTT.
Para a empresa esta mudança dos horários, justificada pelo facto de grande parte do correio passar a chegar pronto para a distribuição, «permite aos carteiros entrarem mais tarde, ganhando qualidade de vida e familiar».
Uma opinião que não é partilhada pelos treze trabalhadores que cumprem já o terceiro dia de greve. «Só quatro carteiros não fizeram greve: um porque não está efectivo e os outros três porque não são abrangidos por esta alteração», disse à AF Eduardo Rita, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações.
Em última instância, «se juntarmos os três subsídios: de horário incómodo, de alimentação e nocturno são cerca de 200 euros que deixámos de ganhar», explicou Eduardo Rita. «Ora, quando o ordenado já não é muito famoso este valor faz uma grande diferença», acrescentou o sindicalista.
Os CTT planeiam alargar esta decisão a todos os postos no país, o que leva Eduardo Rita a afirmar: «Vai haver mais greves».
Para já o sindicato tem agendada uma reunião, para a manhã de terça-feira, no sentido de avaliar os impactos da greve, assim como decidirem quais as acções futuras.
Sindicatos
Sindicato Nacional Trabalhadores Correios e Telecomunicações
Empresa CTT
Sindicato Brasileiro